terça-feira, 22 de março de 2011

MAIS DE METADES DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS PODEM FICAR SEM ÁGUA EM 2015

Um diagnóstico sobre a situação de abastecimento de água em todo o país será divulgado nesta terça-feira (22), através da Agência Nacional de Águas (ANA). Os dados do Atlas Brasil - Abastecimento Urbano de Água, revelam que mais da metade dos municípios brasileiros correm o risco de chegar 2015 com problemas no abastecimento.

O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

Os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.
“A maior parte dos problemas de abastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o relatório.

O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que o atlas foi elaborado para orientar o planejamento da gestão de águas no país. Segundo ele, como atualmente mais de 90% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de abastecimento de água, a escassez parece uma ameaça distante, como se não fosse possível haver problemas no futuro. “Existe uma cultura da abundância de água que não é verdadeira, porque a distribuição é absolutamente desigual. O atlas mostra que é preciso se antecipar a uma situação para evitar que o quadro apresentado [de déficit] venha a ser consolidado”, avalia.

De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios.

No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.

*Com Agência Brasil e O Globo.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MORTES POR CAUSAS CLIMÁTICAS DOBRAM EM 2010

No ano passado, 10 mil vidas foram perdidas em desastres climáticos. Nos primeiros nove meses de 2010, este número mais que dobrou: 21 mil mortes, segundo relatório da Oxfam*, organização humanitária internacional.
O documento, intitulado “Agora, mais que nunca: negociações sobre o clima que funcionem para quem mais precisa delas”, foi lançado ontem, 29, primeiro dia da COP16 – Conferência da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, da qual participam representantes de 194 partes (193 países + União Europeia).

“Cancún (onde ocorre a COP16) não vai ver os governos cruzarem a linha de chegada (que é desaceleração das mudanças climáticas), mas eles podem dar passos vitais para trazer essa linha de volta à vista”, diz o relatório, com esperança.

Infelizmente, o resto do documento é bastante desalentador:
- 2010 já viu o menor nível de água do Rio Negro, na bacia do Amazonas;
- as temperaturas mais altas já alcançadas na Ásia (53,7ºC), na Rússia;
- inundações que mataram mais de 2 mil pessoas no Paquistão;
- o terceiro nível de gelo mais baixo do oceano Ártico
- inundações na China que afetaram 140 milhões de pessoas (com secas igualmente severas, que atingiram 51 milhões de chineses).

Reduzir a temperatura da Terra é praticamente impossível (e muito, muito caro). Por isso, é preciso deixar os egos de lado e atuar em conjunto para que isso não aconteça. Parece fácil?

Fonte e Link: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/page/5/

NÃO É EXCLUSIVIDADE HUMANA: ÁRVORES TAMBÉM SÃO EGOÍSTAS

Pelo menos, as árvores que possuem várias raízes e vivem em regiões de clima temperado. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Princeton, nos EUA, que mostrou que várias árvores criam, conscientemente, muito mais raízes do que precisam para captar água e nutrientes do solo.

O motivo? Puro egoísmo! As raízes excedentes criadas pela planta servem, apenas, para impedir que outras árvores cresçam nos arredores e compartilhem dos mesmos recursos naturais que ela. Trata-se, basicamente, do mesmo princípio usado no crescimento dos troncos: elas “brigam” entre si para crescer mais e, assim, obter mais luz solar.

Apesar da pesquisa ter sido realizada em regiões de clima temperado, os cientistas envolvidos no estudo acreditam que o mesmo comportamento egoísta se repita em locais de clima tropical e, também, em savanas. Quem diria que as árvores não sabem dividir? Nem um pouco sustentável…

Fonte: www.superinteressante.com.br/blogs